Energias Renováveis

Integração das energias renováveis na rede elétrica

Energias Renováveis

O crescimento das renováveis deverá acelerar fortemente nas próximas décadas, com o solar e o eólico como tecnologias dominantes. Estima-se que o aumento da procura de energia global, em apenas 20 anos, vai superar a barreira dos 30%. Em conjunto com o compromisso assumido pelos países desenvolvidos de reduzir a emissão de gases com efeito de estufa, a integração e a cada vez maior utilização de energias renováveis na rede elétrica tem evoluído de um conceito ainda na sua infância, para algo completamente estabelecido e parte do “business as usual” dos vários DSOs mundiais.
Entre algumas vantagens da integração de energias renováveis destacam-se:

  • A mitigação da dependência de importação de combustíveis fósseis e, consequentemente, o alívio da balança comercial
  • Baixos custos das tecnologias renováveis que fazem que cada vez mais empresas adiram a este mercado, criando empregos e impulsionando a economia
  • Em conjunto com tecnologias de armazenamento, auxiliar a rede em períodos de constrangimento e/ou congestionamento

O crescimento da produção renovável exigirá investimento na rede de distribuição, reforçando o modelo de negócio tradicional do ORD.
Ao nível de alterações ao modelo de negócio convencional, destacam-se os seguintes:

  • A integração de produção renovável em média e alta tensão requer investimentos na ligação das instalações e reforço das redes (como demonstra o histórico recente)
  • Para grandes níveis de penetração, a natureza intermitente dos recursos obrigará a investir, não apenas em soluções convencionais, mas também em novas tecnologias para uma gestão mais ativa da rede (e.g. monitorização, controlo)
  • Nas próximas décadas a aceleração do crescimento das renováveis terá reflexo positivo no investimento do ORD

Algo potencialmente disruptivo será a integração de microprodução nas redes de baixa tensão que também exige investimentos de reforço e gestão ativa da rede, mas a utilização da microprodução para autoconsumo pode desafiar o modelo de negócio tradicional, apesar de existirem fator estruturais que limitam a sua generalização como alternativa às redes de distribuição.